Por que a comida saudável não
faz parte da rotina da maioria
das brasileiras e brasileiros?
Porque, ano a ano, ela está cada vez mais cara.
Desde 2006, o aumento de preços deste grupo de alimentos é muito superior ao dos ultraprocessados que, mais baratos e acessíveis, acabam ganhando espaço na vida e na mesa da população.
Esta realidade gera um preocupante desafio: o crescimento da insegurança alimentar, sobretudo de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Mas este contexto não surgiu por acaso.
A diferença desproporcional de preços é consequência de um complexo jogo de poder que existe para concentrar riquezas nas mãos de pessoas, empresas e setores. Fazem parte dessa rede oligopólios, estrutura agrária e políticas fiscais - incluindo de impostos - que geram beneficiamento desonesto e desigual.
Tudo isso às custas da saúde da população.
No relatório “Dinâmica e Diferenças dos Preços dos Alimentos no Brasil”, o autor Valter Palmieri Júnior, doutor em desenvolvimento econômico pela Unicamp, contribui com o debate, levando ao conhecimento público as razões que conduziram o país a este cenário, e apresenta propostas para a construção de políticas públicas que garantam o acesso à alimentação adequada e promovam a saúde das famílias brasileiras.